domingo, 13 de julho de 2014

Quatro vezes: Götze marca na prorrogação, e Alemanha é tetra da Copa do Mundo

Meia saiu do banco de reservas para dar o título do Mundial no Brasil.

Atualizada em 13/07/2014 | 18h4213/07/2014 | 18h36
Götze marca na prorrogação, e Alemanha é tetra da Copa do Mundo AFP/AFP
Foto: AFP / AFP
Um gol para simbolizar o esforço de um país que decidiu se reinventar e, em vez do método e da disciplina, sonhou jogar futebol com leveza e habilidade. Aos sete minutos do segundo tempo da prorrogação, Götze, o menino de ouro, matou no peito um cruzamento da esquerda e, dentro da área, estufou a rede da Argentina.

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A Alemanha é tetracampeã do mundo, aliviando um tanto do sofrimento brasileiro ao impedir a vitória hermana em pleno Maracanã. A vitória por 1 a 0 da Alemanha, em jogo dramático, teve dois tempos distintos. O primeiro, da Argentina. O segundo, a partir da lesão de Kramer, da Alemanha. Apesar da posse de bola alemã (65% a 35%), foi um jogo igual.

A Argentina seguiu o modelo defensivo que a levou até a final, se fechando em duas linhas e apostando no contra-ataque. Quando quebrava a troca de passes alemã em seu campo defensivo, seus jogadores procuravam Messi, de preferência. Era dele a missão de, em velocidade, encaminhar o contra-ataque.

Se Messi estivesse marcado, mesmo com a Alemanha projetada, o eleito era Lavezzi. Ele arrastou a Argentina para o ataque com raça e disciplina, pela direita. Uma Alemanha acadêmica, tocando bola, contra uma Argentina esperando o erro para dar o bote.

Até a lesão de Kramer (uma surpresa do técnico Joachim Low, no lugar de Khedira), a Argentina poderia ter matado o jogo. Aos 19, Higuaín chutou torto, de dentro da área, tendo apenas Neuer à sua frente, após Kross cabecear para trás. Depois, Higuaín marcou um gol bem anulado, aos 28, recebendo cruzamento de Lavezzi, que por sua vez foi acionado por Messi. Em seguida, Messi entrou a drible na área, de novo pela direita de ataque da Argentina e Boateng salvou.

Aí Low mexeu no time e a Alemanha virou este cenário. Colocou o atacante Schuerrle no lugar de Kramer aberto pela esquerda de ataque, o que constrangeu as subidas de Lavezzi. A Alemanha cresceu, passando do 4-2-3-1 para um 4-3-3-.

Aos 36 minutos, Schuerrle chutou para Romero espalmar. Apesar do impedimento, a Alemanha chegava. Aos 43, em cobrança de escanteio, Hoewedes acertou a trave. Com Lavezzi trancado pela ação de Schuerrle, a Argentina perdeu o contra-ataque.

O primeiro tempo terminou assim, as duas equipes iguais em tudo, tirando a posse de bola. A Argentina voltou, surpreendentemente, com Aguero no lugar de Lavezzi. A 2 minutos, Messi perdeu chance tão clara como aquela de Higuaín no primeiro tempo, chutando rente ao poste. Aos poucos, entretanto, a Alemanha retomou o o controle que já era seu a partir da metade do primeiro tempo.

Os dois times sentiram o cansaço da marcação forten de lado a lado. A Argentina, mesmo sem criar chances, conseguia marcar o forte meio-campo alemão, algo que o Brasil não fez em momento algum no fiasco dos 7 a 1.

O jogo perdeu intensidade. Alemães e argentinos temiam sofrer o gol e arriscaram menos. O fôlego passou para o lado europeu. Os espaços surgiram pelos flancos. Klose, a 35 chutou de frente para o gol após jogada pela direita. Chance de gol desperdiçada.

Veio a prorrogação, já com Goetze no lugar de Klose. A Argentina, sem fôlego, foi na na base da raça. A Alemanha, mais descansada, seguiu rondando Romero, mas sem chutar. Palacio perdeu um gol incrível. Ele tentou encobrir o Neuer, cara a cara, mas errou bisonhamente, após erro de Hummels. O primeiro tempo da prorrogação escorreu assim, sofrido, dramático, com a torcida argentina cantando.

Veio o segundo tempo. E o golaço que premiou o único time que quis ganhar. Shurrle cruzou da esquerda e o jovem Götze matou no peito e fez um golaço. O gol do tetra alemão, no estilo da revolução empreendida pela Alemanha: um jogador de talento, pequeno, nem tão forte, cuja única arma é a técnica apurada.

COPA DO MUNDO, FINAL, 13/7/2014

ALEMANHA
Neuer; Lahm, Boateng, Hummels e Höwedes; Schweinsteiger, Kramer (Schürrle, 31'/1ºT), Kroos, Özil e Müller; Klose (Götze, 42'/2ºT)

Técnico: Joachim Löw

ARGENTINA
Romero; Zabaleta, Demichelis, Garay e Rojo; Mascherano, Biglia e Enzo Pérez (Gago, 40'/2ºT); Messi, Lavezzi (Aguero, int) e Higuaín (Palacio, 31'/2ºT)

Gol: Mario Götze (ALE), aos sete minutos do segundo tempo da prorrogação

Cartões amarelos: Schweinsteiger, Höwedes (ALE); Mascherano, Aguero (ARG)

Arbitragem: Nicola Rizzoli, auxiliado por Renato Faverani e Andrea Stefani

Público: 74.738 pessoas

Local: Maracanã, Rio de Janeiro

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