Brasil x Holanda é esforço contra depressão em adeus amargo

Foto: Ruben Sprich / Reuters

  

Desde as semifinais perdidas, seleções reúnem forças e buscam motivações para disputa de terceiro lugar, jogo que para muitos não deveria existir

Pouco verde e amarelo nas ruas, empolgação quase nula e clima de fim de Copa do Mundo. Brasil e Holanda disputam o terceiro lugar em um clima que pouco lembra um dos mais festivos Mundiais da história.

O adeus melancólico terá como palco o Estádio Mané Garrincha, a partir das 17h (de Brasília).

Ao longo da semana as duas seleções buscaram argumentos e se apegaram a pequenas coisas para se motivarem no duelo. O técnico Louis Van Gaal chegou a dizer com todas as letras que o duelo de terceiro lugar nunca deveria ser realizado, mas mudou o discurso na véspera querendo fechar a Copa com uma campanha invicta.

Para Luiz Felipe Scolari, o jogo será uma chance de ter uma saída honrosa depois da sova diante da Alemanha. O treinador passou a semana afirmando que a derrota para os alemães pelo placar de 7 a 1 foi uma fatalidade, mas um novo insucesso fará seu discurso perder força diante da possibilidade de ter o pior aproveitamento de pontos em Copas desde 1974 (52,3%). Até agora foram três vitórias, dois empates e uma derrota (61%). 

“Não me arrependo de passar a ideia a todos de que poderíamos ser campeões. Não estamos disputando o título porque jogamos uma partida mal. Mal ou bem, fomos passando até a semifinal”, disse o técnico, que passará por um teste de popularidade em Brasília que poderá ser decisivo para a sua permanência.

A CBF, por meio do futuro presidente Marco Polo Del Nero,sinalizou que pretende fazer uma proposta para Felipão ficar. O técnico promete ouvir, mas só depois de uma análise posterior ao jogo em que tenta valorizar de qualquer maneira.

“Não conseguimos o sonho e agora vamos buscar um sonho menor, que é o terceiro lugar. Os ensinamentos que temos de terceiro lugar passam por nós mesmos, quando eu era treinador de Portugal e perdi para a Alemanha o terceiro lugar (2006), vi o quanto eles valorizaram esse terceiro lugar e o quanto trabalharam a partir daí para chegar onde estão hoje”, disse.

Para escalar o time para esta partida Felipão realizou um treino em que fez cinco testes em relação ao time derrotado. Porém, prometeu de duas a três alterações, uma delas com a volta de Paulinho ao meio-campo. Ponto fraco do Brasil na Copa, Fred deve começar no banco pela primeira vez.

Com apenas dois dias de intervalo entre a semifinal e o jogo deste sábado, a Holanda sequer ensaiou o time para enfrentar o Brasil. O técnico Louis Van Gaal irá escalar o time de acordo com a condição física e mental, mas a promessa é de manter o máximo da base para a partida.

Brasil e Holanda fizeram as quartas de final de 2010, mas o jogo em Brasíla pouco tem de revanche. Com o valor do terceiro lugar limitado, a preocupação maior é com o futuro e nem sequer uma rixa Louis Van Gaal e Felipão foi levada adiante.

Neymar no banco

Presente na delegação brasileira mesmo com a contusão na vértebra que o tirou da Copa do Mundo, Neymar deve ficar no banco de reservas ao lado dos companheiros. A confirmação depende de consuta à Fifa.

FICHA TÉCNICA

BRASIL X HOLANDA

Local: Mané Garrincha, em Brasília (DF) Data: 12 de julho de 2014, sábado Horário: 17h (de Brasília) Árbitro: Djamel Haimoudi (Argélia)

Assistentes: Redouane Achik (Marrocos) e Abdelhak Etchiali (Argélia)

BRASIL: Júlio César; Maicon, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho e Ramires; Oscar e Willian; Jô (Fred). Técnico: Luiz Felipe Scolari

HOLANDA: Cillessen; Vlaar, De Vrij e Martins Indi; Janmaat, De Guzmán, Wijnaldum, Sneijder e Blind; Robben e Van Persie. Técnico: Louis Van Gaal.

Do Site Terra / Via Blog Comunicador Efectivo