sábado, 5 de abril de 2014

IPEA desculpa-se por erro em resultado de pesquisa

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) comunicou na última 
sexta-feira (4) que houve erros na divulgação de resultados da pesquisa
Tolerância Social à Violência contra as Mulheres. Foram trocados 
os gráficos percentuais das perguntas “Mulheres que usam roupas 
que mostram o corpo merecem ser atacadas” e “Mulher que é agredida e
continua com o parceiro gosta de apanhar”.

A pesquisa tinha revelado anteriormente (quinta-feira, dia 27/3) que
65,1% dos entrevistados concordam que mulheres que usam roupas 
curtas merecem ser atacadas. O dado correto, divulgado hoje, é 
26%. Segundo o levantamento, 70% discordam da afirmação de que a 
roupa justifica a violência.

Após a detecção do erro, o diretor de Estudos e Políticas Sociais 
do Ipea, Rafael Guerreiro Osorio, pediu exoneração.

Com a correção, constatou-se ainda que 65,1% concordam total ou 
parcialmente que mulheres que são agredidas pelos parceiros, mas 
continuam com eles, “gostam de apanhar”.  O dado anterior era 26%.

“Vimos a público pedir desculpas e corrigir dois erros nos resultados
de nossa pesquisa”, retratou-se a entidade, em nota. “Com a inversão 
de resultados entre as duas questões, relatamos equivocadamente, 
na semana passada, resultados extremos para a concordância com a 
segunda frase, que, justamente por seu valor inesperado, recebeu maior 
destaque nos meios de comunicação e motivou amplas manifestações 
e debates na sociedade ao longo dos últimos dias”.

O dado anterior, quando a pesquisa foi divulgada com percentuais 
errados, de que 65,1% dos entrevistados concordam que mulheres 
que usam roupas curtas merecem ser atacadas, gerou protestos 
em rede sociais e reverberou na imprensa. Homens e mulheres se 
posicionaram contra o suposto machismo revelado nas respostas. 

A frase “Eu não mereço ser estuprada” foi amplamente reproduzida 
na última semana.

A jornalista Nana Queiroz, criadora da frase, chegou a ser ameaçada 
após o início dos protestos.

“Amanheci de uma noite conturbada. Acreditei na pesquisa do Ipea 
e experimentei na pele sua fúria.

Homens me escreveram ameaçando me estuprar se me encontrassem
na rua, mulheres escreveram desejando que eu fosse estuprada”, 
relatou Nana, em sua página em uma rede social. A presidenta Dilma 
Rousseff chegou a manifestar apoio à campanha e à jornalista.

DO BLOG: ERRO GROTESCO. / Via Blog Barriguda News

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