domingo, 19 de janeiro de 2014

PF faz operação para prender grupo suspeito de fraude milionária na Caixa

Delegado da Polícia Federal em Araguaína, Omar
Peplow (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

18 de JANEIRO de 2014 - A Polícia Federal realiza neste sábado (18) a Operação 
Éskhara com o objetivo de desarticular uma organização que teria realizado uma 
fraude de R$ 73 milhões contra a Caixa Econômica Federal (CEF) por meio de um 
falso 
prêmio da Mega-Sena no fim do ano passado.

Segundo a PF, foi preso nesta tarde o suplente de deputado federal de Estreito 
(MA), 
Ernesto Vieira de Carvalho Neto (PMDB). Ele foi detido entre os municípios 
de 
Carolina e Estreito, no sul do Maranhão.

Ao todo, são cumpridos cinco mandados de prisão preventiva, dez de busca e 
apreensão e um de condução coercitiva nos estados de Goiás, Maranhão e São 
Paulo. De acordo com a PF, trata-se da maior fraude já sofrida pela Caixa.

De acordo com o delegado da PF em Araguaína (TO), Omar Peplow, as 
investigações mostram que o grupo criou uma conta falsa para receber um 
prêmio da Mega-Sena, também falso. Os suspeitos procuraram o gerente 
da agência da Caixa em Tocantinópolis, Robson Pereira do Nascimento, que 
aceitou participar da fraude, informou a Polícia Federal em entrevista coletiva na 
manhã deste sábado (18), em Araguaína.

Ainda conforme o delegado, os gerentes têm a senha nacional, por meio da qual 
é possível acessar a conta para retirada do prêmio da Mega-Sena. O prêmio foi 
"pago" no dia 5 de dezembro de 2013. Segundo a PF, no mesmo dia teria ocorrido 
uma “queda” no sistema da Caixa, o que facilitou a operação.

O gerente envolvido está preso desde o dia 22 de dezembro, depois que as 
investigações identificaram a abertura da conta corrente na cidade. O dinheiro 
desviado foi redistribuído em contas espalhadas em vários estados como Ceará, 
Maranhão, Goiás e São Paulo, mas podem existir mais contas, segundo o órgão.

O advogado do gerente preso, Sandro Queiroz, informou que apresentou 
documentos 
para PF que comprovam que o suspeito agiu de acordo com as 
normas 
da Caixa sem saber que se tratava de um golpe. “Nós já entramos 
com o pedido de liberdade e podemos confirmar que meu cliente é 100% inocente”, 
disse.

Já o advogado de Ernesto Vieira disse que tudo se tratou de um engano. 
"Desde quando os bens do meu cliente foram bloqueados que nós tentamos 
explicar. Na verdade a quantia repassada para a empresa na qual ele é um dos 
proprietários, trata-se da venda de uma propriedade de 85 hectares em uma 
área urbana", explica Everson Cavalcante. De acordo com o advogado, o bem foi 
vendido para que fosse feito um loteamento no local. "Temos todos os documentos 
para provar", ressaltou.

De acordo com a PF, no procedimento padrão da Caixa para a premiação da 
Mega-Sena, o gerente recolhe a documentação do premiado e fica responsável por 
enviar o bilhete e todos os documentos para a Caixa em São Paulo para validação. 
Só depois disso é que o gerente sacaria o dinheiro. Segundo a PF, gerente de 
Tocantinópolis diz que enviou tudo por malote, mas nada chegou à sede da Caixa.

A Polícia Federal informou que um suplente de deputado federal de Estreito 
(MA), também suspeito, está foragido. Há pelo menos 6 pessoas investigadas, mas 
outros nomes ainda podem surgir, segundo a PF.

Se denunciados pelo Ministério Público, os suspeitos podem responder pelos 
crimes de peculato, receptação majorada, formação de quadrilha e de lavagem 
de dinheiro. Caso sejam condenados, as penas somadas podem chegar a 29 anos 
de prisão.

A Caixa Econômica Federal informou por meio de nota que acionou a polícia logo 
que constatou a fraude. O também informou que continua acompanhando o caso 
e está à disposição da PF para colaborar com as investigações.

Retirado do G1 
/ Via Blog Ideias & Fatos

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