A maioria das turmas estará localizada na zona rural, a exemplo do Vale do Apodi
A Superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra)
do Rio Grande do Norte e o Movimento de Educação de Base (MEB) irão alfabetizar
1.200 pessoas no Estado a partir do primeiro semestre deste ano. A previsão é que as
aulas já comecem em março. Um convênio neste sentido, feito por meio do Programa
Nacional de Educação para Reforma Agrária (Pronera), foi publicado no Diário Oficial
de ontem (16).
A parceria trata de atender jovens, adultos e idosos, de assentamentos ou
acampamentos de municípios potiguares, no Curso de Alfabetização e Escolarização
do Nível Fundamental (Anos Iniciais - EJA). Ao todo, serão organizadas 60 turmas, 20
alunos em cada sala, curso com duração de 24 meses. O Incra investirá recursos no
valor R$ 2.878.323,00 e contrapartida de R$ 30.000,00 do MEB.
O Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), outro parceiro no curso de
alfabetização, está formado as turmas nos Territórios do Açu/Mossoró, Sertão do
Apodi, Mato Grande, Potengi, Trairí, Terra dos Potiguaras e Agreste Litoral Sul. Todos
os futuros estudantes devem ser do público do Pronera e só poderão efetuar as
matrículas após a validação do Incra, em que constam seus devidos cadastramentos
na autarquia agrária.
O passo seguinte, de acordo com o superintendente do Incra/RN, Valmir Alves, é o de
se reunir com os representantes do MEB para definir os critérios para contratação
dos alfabetizadores, 60 ao todo, e realizar a capacitação desses professores. A
maioria das turmas estará localizada na zona rural, para que o aluno tenha acesso
facilitado à sala de aula. A expectativa é de que o curso se inicie a partir de março.
ALFABETIZAÇÃO
ALFABETIZAÇÃO
Para justificar a apresentação de uma proposta de alfabetização para o público do
Pronera no Rio Grande do Norte, o MEB utilizou números dos dados
educacionais dos assentamentos, uma pesquisa realizada pelo Incra em 2010.
Naquele período, de acordo com a pesquisa, o estado possuía 19.913 famílias
assentadas, com um percentual de analfabetos de cerca de 19%.
A ação educativa está totalmente voltada para a superação do analfabetismo e a
escolarização no meio rural, com atenção especial pela alta taxa de analfabetismo e
de distorção de idade e série.
Ainda segundo Valmir, a contribuição para a superação do analfabetismo, a
continuidade dos estudos colabora para o desenvolvimento sustentável nas áreas
da reforma agrária, como também nos territórios da cidadania e traz benefícios em
todas as dimensões econômica, social e ambiental.
Fonte: Jornal de Fato / Via Blog do Pôla Pinto
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