sábado, 15 de dezembro de 2012

Polícia tenta descobrir como atirador entrou em escola nos EUA

A polícia americana investiga como o atirador que matou 26 pessoas – incluindo 20 crianças – conseguiu entrar na escola Sandy Hook, em Newtown, Connecticut, nesta sexta-feira (14). De acordo com a polícia, foram instaladas câmeras de segurança recentemente na escola. Pais de alunos também questionaram como o atirador teve acesso ao complexo.

“É preciso tocar a campainha e só depois de ser identificado eles te deixam entrar. Não sei se era alguém que eles conheciam”, disse a mãe de uma criança que estudava na escola.

Os moradores de Newtown buscavam neste sábado (15) respostas para o massacre. Por enquanto, ainda não se sabe o que levou o atirador - um homem de 20 anos, segundo informações da imprensa local - a entrar na escola armado e atirar em alunos e professores.

Além das mortes na escola, outra pessoa adulta morreu em uma casa na cidade, em um incidente relacionado com o crime. Morreram 18 crianças no local, e outras duas num hospital. Seis adultos também morreram, além do próprio atirador. Segundo o jornal "Hartford Courant", apenas uma pessoa baleada sobreviveu. Sua identidade não foi divulgada.

O tenente Paul Vance, porta-voz da polícia local, disse em entrevista à Fox News na manhã deste sábado (15) que a identificação dos corpos já foi concluída, assim como a notificação das famílias. Os corpos foram retirados durante a madrugada.

Segundo ele, o trabalho de perícia no local do crime deve seguir por mais alguns dias – ainda é necessário finalizar a perícia dentro de escola, além de processar o lado de fora.

Vance também afirmou que a pessoa morta fora da escola foi encontrada na casa do atirador. A vítima é uma mulher, da família do suspeito. Ele não confirmou a identidade do atirador nem dessa vítima. A imprensa americana relatou que a vítima seria a mãe do atirador.

O massacre só não foi maior porque muitos professores conseguiram salvar vidas fechando as portas das salas de aula ao ouvirem os disparos. Um deles salvou vidas trancando os alunos em um armário.

Na noite de sexta, a população da pequena cidade se reuniu nas igrejas locais para rezar pelos mortos. De acordo com a rede de televisão CNN, a cidade de Newtown registrou apenas um assassinato nos últimos 10 anos.

Na manhã deste sábado, a polícia ainda não havia confirmado a identidade do atirador nem das vítimas. Fontes policiais o identificaram como Adam Lanza, de 20 anos, segundo a imprensa americana. Antes ele havia sido identificado como Ryan Lanza, de 24 anos. Adam teria usado os documentos de Ryan durante a ação.

Ryan, entretanto, seria irmão de Adam, estaria vivo e teria prestado depoimento em Nova Jersey. Segundo informações de TVs locais, Ryan foi investigado até a noite e estaria colaborando com a polícia. Ele não teria ligação com o crime. Ryan teria dito à polícia que seu irmão tinha algum tipo de problema de personalidade, que seria uma forma de autismo, segundo a rede de TV Fox News.

De acordo com a imprensa local, Adam teria se formado em 2010 na Newtown High School. Antigos colegas o descreveram como um um jovem inteligente, mas inquieto e com poucos amigos.

As informações, entretanto, ainda não foram confirmadas pelas autoridades.

A chamada de emergência para a ocorrência ocorreu às 9h41 locais, segundo a polícia local.

Segundo testemunhas, o atirador entrou na escola atirou contra os alunos, saiu, e atirou nos adultos, antes de morrer.

Durante o ataque, o atirador levava quatro armas e um colete à prova de balas, segundo a polícia. De acordo com fontes policiais citadas pela emissora, NBC, as armas utilizadas pelo atirador pertenciam a sua mãe.

Duas mulheres acendem velas em forma de homenagem às vítimas mortas nesta sexta-feira (Foto: Joshua Lott/Reuters)

Testemunhas disseram que ele estava mascarado.

Ainda não se sabe quem teria disparado o tiro que o matou. Segundo o "New York Times", ele se matou antes da chegada da polícia.

Entre os adultos mortos, estariam a diretora e a psicóloga da escola. A diretora da escola foi identificada como Dawn Hochsprung, de 47 anos, segundo a imprensa local.

Crianças entre 5 e 10 anos

O ataque é um dos mais graves ocorridos em escolas nos Estados Unidos. O número de vítimas é o segundo maior em ataques do gênero, só ficando atrás do massacre de 2007 na universidade Virginia Tech, que deixou 32 mortos.

O tiroteio desta sexta ocorreu na escola Sandy Hook, que tem cerca de 600 alunos com idades variando entre 5 e 10 anos, incluindo vários filhos de brasileiros, segundo o "Jornal Nacional".

O Itamaray informou que não há brasileiros entre os mortos. O consulado do Brasil em Connecticut revelou que fez contatos com várias famílias e que não há informação sobre vítimas brasileiras.

Newtown é uma cidade de cerca de 27.500 habitantes, subúrbio da capital estadual, Hartford, e situada 128 quilômetros a nordeste de Nova York.

Foto de jornal local mostra crianças sendo retiradas da escola em Newtown, Connecticuc, em que ocorreu o tiroteio nesta sexta-feira (14) (Foto: AP)

'Horrendo'

Uma foto do local, feita pelo jornal "Newtown Bee" pouco após o incidente, mostrou uma fileira de crianças assustadas sendo retiradas do local pela polícia, indo para lugar seguro.

Imagens de TV mostraram a polícia e ambulâncias no local, e pais correndo em direção a escola.

"Foi horrendo", disse Branda Lebinski, mãe de uma aluna. "Todo mundo estava histérico, pais, alunos. Havia crianças saindo da escola sangrando. Eu não sei se eles foram baleados, mas eles estavam sangrando."

2012 violento nos EUA
Os Estados Unidos já tiveram uma série de tiroteios em locais públicos este ano.

Mais recentemente, um atirador abriu fogo em um shopping center do Oregon, matando duas pessoas, e depois se suicidou, na terça-feira.

O pior ataque ocorreu em julho em uma sessão da meia-noite de um filme da série "Batman", em Aurora, no Colorado, que matou 12 pessoas.

No mês passado, o atirador Jared Loughner foi condenado à prisão perpétua por matar seis pessoas em Tucson, Arizona, em janeiro de 2011 em um ataque alvejando a congressista Gabrielle Giffords, que foi baleada na cabeça a queima-roupa, mas sobreviveu.

Tiroteios com mortos são frequentes em locais públicos no país e, geralmente, terminam com o atirador sendo baleado ou se suicidando.

Contudo, apesar das tragédias, o apoio a leis mais duras sobre o porte de armas divide opiniões, com muitos americanos se opondo às restrições ao que eles consideram ser um direito constitucional para manter armas de fogo potentes em casa.


O presidente dos EUA, Barack Obama, emociona-se nesta sexta-feira (14) na Casa Branca ao falar do tiroteio em Connecticut (Foto: AP)

Do G1, com agências internacionais

Via Blog Umarizal News

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