Quando surge o arrebol
Antes do raiar do sol
Um cintilante farol
Brilha na imensidão
Igual bolha que borbulha
Reluzindo uma fagulha
Chega o poeta e mergulha
Nas águas da inspiração.
Passando por densas matas
Depara-se com cascatas
Pasma vendo as cataratas
Jogando água quente e fria
Olha as fontes cristalinas
Pelas horas matutinas
Inebriando as campinas
Minadas de poesia.
Das flores sentindo o cheiro
É das musas mensageiro
Sou estilo condoreiro
Exige matérias-primas
Para a obra alcatifada
Aparecer burilada
Sua verve é mergulhada
No manancial das rimas.
Projetando uma aquarela
Pra deixá-la pronta e bela
Transforma-se em sentinela
Dos bosques e dos pomares
Fascina-se com a beleza
Das cenas da natureza
Admirando a grandeza
Dos oceanos e mares.
Quando está na contramão
Segue caminhando em vão
Sofrendo perturbação
Por pesadelos medonhos
Sua caminhada emperra
O seu eu declara guerra
Quando vê cair por terra
O seu castelo de sonhos.
Incansável caminhante
Tem ele um perfil mutante
Às vezes hilariante
Mas perante os aperreios
Desfalece com a cruz
Ao buscar fé em Jesus
Fortalecido conduz
Seu fardo de devaneios.
Autor: Zé Bezerra
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